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Afinal, qual é a carga mais pesada no setor de transportes?


Combustível, pneus, peças, treinamento e qualificação, insumos, imprevistos, renovação da frota, carência de novos motoristas, concorrência desleal, condições das rodovias, custo com pedágios... Esses são apenas alguns itens que compõem o dia a dia de qualquer empresário do transporte de cargas.


Mas o que gera mais dor de cabeça e prejuízos aos transportadores?


Posso estar enganado porém, acredito que um dos aspectos mais difíceis é lidar com a burocracia e a imprevisibilidade. A imprevisibilidade por exemplo, vista no comportamento do preço dos combustíveis, impedindo um planejamento mais preciso do custo das viagens.


A burocracia que nos enxarca de normas, taxas, incisos, regulamentações, fiscalizações e eventualmente interpretações dúbias e subjetivas disso tudo. Um arcabouço intricado de arranjos legais questionáveis que por vezes leva o empresário a buscar a justiça para pacificar temas como a forma de se cobrar um imposto regional ou para tentar retirar multas totalmente discutíveis.


Os transportadores não querem sonegar nada, não tem a presunção de serem um setor privilegiado, livre de impostos, nada disso.


Entretanto gostariam de ver mais simplificação e clareza na legislação, tirar ao menos uma ou duas camadas do grosso gesso que a cada dia imobiliza mais nossas empresas.


O controle excessivo, com normas sobrepondo normas, burocracia empilhada em cima de burocracia, ao contrário de modernizar e incentivar o crescimento do setor de transporte no país, está asfixiando as transportadoras, desestimulando o surgimento de novos negócios, a geração de mais empregos e melhores serviços para a sociedade como um todo.


Que nossos caminhões possam em breve descarregar o excesso de burocracia e rodar mais leves e eficientes pelo Brasil.

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