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Investimentos em infraestrutura - Prevenir ou Remediar?



O governo federal gasta o dobro em respostas a desastres do que em prevenção. Em dez anos, 69% da verba foram para recuperação e apenas 31% para prevenção. Essas informações estão em reportagem do jornalista Carlos Madero, publicada no portal UOL em abril.

Em resumo, o Brasil gasta muito mais para consertar do que para fazer bem-feito, seja para impedir um deslizamento, um alagamento, seja para termos rodovias de fato bem construídas, amplas e mais duráveis.

E esta forma de pensar nos investimentos públicos, historicamente equivocada, que precisa ser revista. Será que já não deu para perceber que vale muito mais a pena fazer bem-feito do que gastar muito mais para remendar obras de má qualidade?

O básico precisa ser muito bom, isso é fundamental. Só depois de termos obras estruturais de primeira, poderemos pensar em outros passos.

No que toca aos transportes, como podemos falar por exemplo em estradas inteligentes e super conectadas, concessões de rodovias aperfeiçoadas e muitas outras maravilhas, se quando alguém questiona sobre as péssimas condições dessa ou daquela rodovia esburacada, o que se escuta é que não há orçamento.

O novo governo começou com bem mais recursos destinados à infraestrutura do que os disponíveis até 2022. Mesmo assim, ainda é muito pouco para o tanto que é preciso ser feito nesse país.

Por isso mesmo, volto ao início dessa reflexão: é preciso saber onde e como investir e mais ainda, investir certo, de modo definitivo no básico: rodovias de alta qualidade, que suportem o enorme fluxo de veículos que todos já conhecemos.

É fundamental inverter os percentuais descritos no início desse artigo. No que interessa ao TRC, destinando a maioria dos poucos recursos para entregar obras de alto padrão. Só depois de termos uma malha rodoviária digna, poderemos pensar em sua evolução.

Estradas boas são sim mais caras. Porém, previnem acidentes, tornam o Custo Brasil menor, o transporte de cargas e passageiros mais eficiente, reduz lá na frente as despesas com reparações e seguros. Isso faz todo o sentido.

O que não faz o menor sentido é gastarmos a maioria dos recursos reservados para a infraestrutura para tentar consertar o mal feito.

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